sábado, dezembro 13, 2008

Silvia Plath - The Sleepers


Os Dormentes

Nenhum mapa traça a rua
Onde aqueles dois dormentes estão.
Nós perdemos o rastro.
Eles jazem como se debaixo d’água,
Em uma azul, imutável luz,
A janela francesa entreaberta

Encortinada por um laço amarelo.
Através do estreito rachado
Odores da terra úmida sobem.
A lesma larga um rastro prata;
Uma escura folhagem envolve a casa.
Nós damos uma olhada pra trás.

Entre pétalas pálidas como a morte
E folhas firmes nas formas,
Eles dormem, boca a boca.
Uma branca bruma está subindo.
A pequena narina verde respira
E eles reviram em seus sonos.

Expulsos daquela cama quente,
Nós somos um sonho que eles sonham.
Suas pálpebras sustentam a penumbra.
Nenhum mal pode vir deles.
Nós convocamos nossa pele e deslizamos
Pra dentro de outro tempo.